Guardar vinho do jeito certo faz toda a diferença na hora de aproveitar cada taça. Muita gente acha que basta deixar a garrafa em qualquer canto, mas a forma de armazenamento influencia — e muito — na conservação do sabor, aroma e qualidade do vinho.

 

Deitada ou em pé?

A resposta depende do tipo de vinho e, principalmente, do tipo de rolha que ele possui.

 

1. Vinho com rolha natural: DEITADO

Os vinhos com rolha de cortiça natural devem ser guardados deitados.
Isso porque o contato constante do líquido com a rolha mantém o material úmido, evitando que ela resseque e permita a entrada de oxigênio — o que oxidaria o vinho e alteraria seu sabor.

Dica extra CAV: o ideal é deixar a garrafa levemente inclinada, para que o vinho toque a rolha, mas os sedimentos (nos tintos mais encorpados e envelhecidos) fiquem no fundo.

2. Vinho com tampa de rosca ou rolha sintética: EM PÉ 

Já os vinhos com tampa de rosca (screw cap) ou rolha sintética não precisam ficar deitados, pois esses materiais não ressecam.
Nesses casos, guardar em pé é até melhor, já que evita o contato prolongado do vinho com a tampa, o que poderia gerar pequenas alterações no sabor ao longo do tempo.

 

Temperatura e ambiente ideais:

A posição da garrafa é só um dos cuidados. Outros fatores também influenciam diretamente na qualidade do vinho:

  • Temperatura: entre 12 °C e 18 °C para a maioria dos vinhos.
  • Umidade: em torno de 60% a 70%, para evitar o ressecamento da rolha.
  • Luz: mantenha os vinhos longe da luz solar direta e de lâmpadas muito fortes.
  • Vibração: o ideal é um ambiente estável, sem vibrações (como motores de geladeira).

Se possível, use um adega climatizada ou reserve um espaço escuro e fresco da casa.

 

Duração e consumo: 

Nem todo vinho foi feito para envelhecer. A maioria dos rótulos deve ser consumida em até 3 anos após o engarrafamento, especialmente os brancos, rosés e tintos jovens.
Já vinhos de guarda, como alguns tintos encorpados, podem evoluir bem por 10 anos ou mais, desde que armazenados corretamente.