Se você já foi a uma degustação ou viu alguém girando a taça antes de cheirar o vinho, talvez tenha se perguntado:
"É frescura ou faz diferença mesmo?"
A resposta é simples: faz toda a diferença — e é um gesto que une ciência, sensorialidade e um pouco de poesia.

Girar a taça: o que acontece de verdade?

Quando você gira o vinho na taça, está promovendo um encontro mais intenso entre o líquido e o ar. Isso se chama aeração.

E o que isso faz?

·       Libera os aromas do vinho (os famosos “bouquets”)

·       Ajuda a dissipar odores indesejáveis (como o “cheiro de rolha” ou de enxofre em alguns vinhos jovens)

·       Permite perceber camadas mais complexas de aroma que estariam “fechadas” no início

 

Gira, sente, descobre

O vinho é feito para ser cheirado antes de ser bebido. Girar a taça “acorda” os compostos aromáticos e deixa a experiência muito mais rica.
E mais: isso ajuda até a identificar o estilo do vinho, a qualidade e se ele está em boas condições.

 

Dica da CAV para girar com segurança:

- Segure a taça pela haste

- Apoie a base em uma superfície plana (ideal para iniciantes)

- Faça movimentos circulares suaves com a mão

- Aprecie o perfume que sobe da taça depois disso!

 

❌ E se for espumante?

Aí é diferente!
Não se gira espumante nem prosecco. O movimento pode dispersar as borbulhas e comprometer o frescor.

 

Girar a taça é ritual, mas também é ciência

Não é só charme — girar a taça é um gesto simples que pode transformar sua relação com o vinho. Da próxima vez que for degustar, gire, sinta e perceba como cada vinho tem uma história escondida nos aromas.

Na dúvida, gire. O vinho fala com quem escuta (e cheira).